São Bernardino

Município de Peniche

Como chegar: 39.310144, -9.346251

Rios que corriam das Berlengas para aqui

GEOLOGIA

A Norte da praia de S. Bernardino, as camadas arenosas da arriba foram formadas por antigos rios, há 150 milhões de anos (Jurássico Superior). Pode parecer-nos estranho, mas esses rios corriam de Oeste (onde hoje está o oceano) para Este (onde hoje está terra). Tal é comprovado pelos pequenos grãos rosados que se encontram nessas rochas, provenientes dos granitos das Berlengas.

Já as arribas da zona Sul contrastam com as a Norte. Possuem canais de areia amarelada e argilas avermelhadas ou acinzentadas, típicas das planícies de inundação dos rios do Jurássico Superior.

BIOLOGIA

Ao olhar para os céus ou para as rochas junto à costa, encontramos várias espécies de aves, que aqui se alimentam ou constroem os seus ninhos.

Se pegarmos nos binóculos é comum observarmos o Corvo-Marinho-de-Crista (Phalacrocorax aristotelis), frequentemente pousado no mar, ou a Águia-Sapeira (Circus aeruginosus), que se alimenta de pequenos mamíferos e insetos. Ambas são espécies autóctones, consideradas como vulneráveis neste território e, como tal, devem ser preservadas.

CULTURA

O Eremitério franciscano de S. Bernardino foi construído em meados do séc. XV, passando a convento em 1507. Em 1563, uma inundação levou à sua reconstrução em local mais alto, onde hoje se encontra (Fig. 4).

As belas paisagens e praias deram destaque esta localidade. Os chamados “banhos quentes”, uma prática de talassoterapia, eram também um atrativo por cerca de um século, até à década de 1960. A água do oceano aquecida tratava problemas de saúde, sobretudo o reumatismo.

 

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