Município de Peniche
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Quando Peniche era uma ilha
GEOLOGIA
No início da Idade Média, Peniche era ainda uma ilha separada do continente por um braço de mar pouco profundo. Gradualmente, as areias arrastadas pelas ondas foram-se acumulando na zona entre a ilha e terra firme. Tal originou o crescimento de uma língua de areia, a que se dá o nome de tômbolo.
Esta acumulação de areias foi também preenchendo as desembocaduras do rio de São Domingos e da ribeira de Ferrel, que se transformaram em áreas pantanosas. Ao mesmo tempo, o vento foi empurrando as areias das praias para o interior, formando os campos dunares da Consolação, Peniche e Baleal.
BIOLOGIA
A baía entre Peniche e o Baleal tem uma extensa praia, atrás da qual se desenvolvem dunas. Os ventos fortes, as gotículas de água do mar e às areias soltas incapazes de reter água fazem deste um ambiente inóspito. Apenas crescem algumas plantas rasteiras, muito bem-adaptadas.
A vegetação das dunas é composta, essencialmente, pelo Estorno (Ammophila arenaria), a Morganheira-das-Praias (Euphorbia paralias), o Cardo marítimo (Eryngium maritimum) e a Erva-Divina (Armeria welwitschii).
CULTURA
Na Época Romana, Peniche era uma ilha. Ficava a cerca de 800 passos (cerca de 600m) do continente e o rio de São Domingos era navegável até à Atouguia.
A partir do séc. XIV e devido ao gradual assoreamento, este rio deixou de ser navegável. Assim, surgiu uma comunidade piscatória em Peniche, que foi crescendo de importância.
Já no séc. XIX, era possível chegar a Peniche a pé, na baixa-mar. A continuação do crescimento deste cordão de areia acabou por ligar definitivamente Peniche ao continente.