32 - Castro de Pragança

Município do Cadaval

Como chegar: 39°11'54.73"N  9° 3'32.05"W

Um local onde as forças da natureza e dos homens se encontraram

 

GEOLOGIA

Pragança situa-se num enorme anfiteatro natural, no lado Oeste da Serra de Montejunto. As suas vertentes são escarpadas, talhadas por duas grandes falhas tectónicas, em calcários com mais de 150 milhões de anos (Jurássico Superior). Visíveis na estrada que vai do Castro ao Miradouro da Cruz Salvé Rainha, estas falhas surgiram pela ação das forças tectónicas que elevaram a Serra, há mais de 10 milhões de anos. 

Este castro está num pequeno planalto, junto a uma destas falhas. Por ser um ponto mais alto e aplanado, ele foi aqui construído pela sua boa visibilidade e pelo difícil acesso a Oeste.

 

BIOLOGIA

A paisagem à volta deste castro tem vegetação que varia entre pequenos arbustos, a árvores de médio porte. Próximo do Castro, podem ser vistas várias espécies autóctones em Portugal, como o Arroz-dos-Telhados (Sedum album), e a Salepeira-Grande (Himantoglossum robertianum).  

A fauna tem também uma grande diversidade. Por exemplo, nas árvores pode-se encontrar o Papa-Moscas-Comum (Ficedula hypoleuca) ou no meio das ervas a Cobra-de-Escada (Zamenis scalaris), uma cobra não venenosa.



CULTURA

O Castro de Pragança situa-se no “Picoto do Castelo”, um nome popular para a sua presença. As escavações arqueológicas neste local descobriram uma estrutura defensiva semicircular, com uma grande torre adossada. A abundância de utensílios em Bronze indica uma metalurgia activa na região, e mostra a importância deste povoado.

Este Castro terá sido construído no Calcolítico (Idade do Cobre), há cerca de 5 mil anos. No entanto, há indícios de uma ocupação posterior, até ao início do período romano.

 

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