26 - Pinhôa

Município da Lourinhã

Como chegar: 39°14'59.35"N 9°14'16.23"W

Um vento forte que moi os cereais

 

GEOLOGIA

Os moinhos da Pinhôa foram construídos numa zona elevada, onde se pode ver uma vasta área, desde o Bombarral a leste até à Lourinhã a Oeste. À superfície, encontramos rochas do Jurássico Superior, com cerca de 150 milhões de anos. Estas rochas são maioritariamente de arenosas e argilosas e têm diferentes resistências à erosão. Na paisagem, as rochas mais resistentes à erosão vão ficando salientes, dando origem a algumas cristas e topos aplanados. Como são pontos elevados e propícios a sofrerem a ação dos ventos fortes e constantes vindos do oceano, são bons locais para a construção de moinhos.

 

BIOLOGIA

Os terrenos em redor destes moinhos têm mantido a sua função centenária, produzir cereais para os moinhos. Nessas porções de terreno poderá encontrar variedades de trigo (Triticum spp.) e centeio (Secale cereale). Para ambas, é essencial a ação do vento, pois é através deste que dispersam o seu pólen e, assim, fecundar as suas flores.

Podem também ser vistas diversas aves, como a Águia-d'Asa-Redonda (Buteo buteo), a Gralha-Preta (Corvus corone) e o Pintassilgo-Comum (Carduelis carduelis).

 

CULTURA

Os moinhos de vento são um dos elementos típicos da paisagem da região Oeste. Estes engenhos antigos utilizavam a força do vento para a moagem dos cereais e produção de farinhas. Com o tempo, os moinhos foram deixando de ser utilizados.

Numa forma de valorizar este património centenário, os moinhos têm vindo a ser recuperados. Aqui, atualmente temos 5 dos moinhos em funcionamento, 3 mantêm a sua função original, fornecendo farinha à população, enquanto que os restantes foram convertidos em bar e habitação.

 

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