44 - Forte de S.Vicente
Município de Torres Vedras
Como chegar: 39.09982995121726, -9.264995094214116
Sabia que as colinas de Torres Vedras foram vitais para a sua defesa?
GEOLOGIA
O Forte de São Vicente está situado numa alto que domina a região de Torres Vedras e as várias vias naturais de acesso à cidade. A colina do forte é constituída por rochas do Cretácico, formadas há cerca de 130 milhões de anos em ambiente fluvial, com areias e argilas alaranjadas. No entanto, essas rochas não são bons materiais de construção. Como tal, foram utilizados blocos de calcário marinho, mais resistentes, para a construção deste forte. Provavelmente, este blocos provém dos níveis do Jurássico, da base da encosta. Esse contraste entre rochas é visível na própria paisagem que se observa do Forte: para Norte vemos os terrenos arenosos do Cretácico ocupados por plantações florestais, enquanto para Sul vemos os terrenos calcários do Jurássico, com a cidade no vale e os campos agrícolas nas encostas adjacentes.
BIOLOGIA
Ao entrar no forte, no centro da Praça de Armas e junto à antiga Ermida de São Vicente (atual Centro de Interpretação), destaca-se a presença de uma grande árvore centenária. A sua ampla copa dá sombra a quem ali chega e convida ao descanso. Trata-se de uma alfarrobeira (Ceratonia siliqua), árvore de origem mediterrânica e característica de solos pobres, pedregosos ou arenosos, resistente a climas com pouca chuva. A floração ocorre no final do Verão, com pequenos cachos nos ramos. O seu fruto é a alfarroba, uma vagem com um palmo de comprimento, contendo 10 a 16 sementes. A alfarroba é comestível, nutritiva e adocicada.
CULTURA
O Forte de São Vicente foi construído em 1809-1810, como elemento vital das chamadas “Linhas de Torres”, um conjunto de estruturas defensivas contra as “invasões francesas”. O forte compreende um conjunto de três redutos, unidos e envolvidos por um muro com 1,5 km de extensão. Encontrava-se artilhado com 39 peças e guarnecido por 2.200 homens, contando ainda com um posto telegráfico. Juntamente com o Castelo de Torres Vedras e o Forte da Forca, constituíam um apertado triângulo sobranceiro ao vale, permitindo a defesa da cidade e do acesso à costa atlântica a partir do eixo Coimbra-Lisboa.
