26 - Praia de Valmitão

Município da Lourinhã

Como chegar: 39º12'4.35''N 9º20'47.34''W

Um dinossauro com nome de oceano

 

GEOLOGIA

A Praia de Valmitão está rodeada por arribas, que têm vindo a ser erodidas ao longo de milhões de anos, pelas ondas do mar e pelos agentes atmosféricos. Embora a erosão das arribas possa pôr em risco algumas construções que aqui existem, é também importante para a descoberta de novos fósseis.

Nas camadas sedimentares deste local foram descobertos fósseis de vários dinossauros. O estudo de um dos fósseis encontrados revelou serem ossos de uma espécie desconhecida até então, o Oceanotitan dantesi, um grande saurópode que por aqui andou há cerca de 152 milhões de anos (Jurássico Superior).

 

BIOLOGIA

A biodiversidade da Praia de Valmitão é influenciada pelo Oceano Atlântico, com diferentes espécies. Neste local, habitam várias espécies de animais, como a borboleta Guarda-Portões-Menor (Pyronia cecilia), e plantas, como a Erva-Toira-Fedida (Orobanche foetida), Raspa-Língua (Rubia peregrina) e a Esteva (Cistus ladanifer). Já na zona de praia pode ver-se a Barata-Do-Mar (Ligia oceanica), ou conchas do Leque-Variado (Mimachlamys varia). 

 

CULTURA

Em 1989, próximo deste local, em Outeiro do Seixo, foi descoberta uma necrópole da Idade do Ferro, datada do séc. VI a.C.. Numa área com 17,5 m2, foram encontrados muitos os artefactos, com aproximadamente 350 fragmentos de cerâmica, muito erodidos, e alguns ossos. Os arqueólogos pensam que neste local foram colocadas urnas funerárias e outro material fúnebre, tendo sido encontrados indícios de queima das urnas e do seu conteúdo. Todo este conjunto foi depois coberto por várias lajes de pedra. 

 

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