Município da Lourinhã
Como chegar: 39º13'48.35''N 9º20'25.36''W
Ninho do maior carnívoro da Europa
GEOLOGIA
Na Praia de Porto das Barcas, as rochas das arribas têm cerca de 150 milhões de anos (Jurássico Superior). Ao longo de milhares de anos, estas rochas têm vindo a ser erodidas, pelo mar atlântico e pelos agentes atmosféricos, expondo novos fósseis de vários seres antigos. Destaca-se a descoberta de um ninho com ovos de dinossauro, de Torvosaurus, com os ossos dos embriões preservados no seu interior.
Foi também nesta praia que foram descobertas as maiores pegadas de dinossauro do nosso país. Algumas estão tão bem preservadas que ainda se vêem as marcas das escamas das patas do animal.
BIOLOGIA
Na Praia de Porto das Barcas pode ver-se várias espécies de plantas, como o Funcho-Marítimo (Crithmum maritimum), ou o Limonium virgatum, comuns no litoral de Portugal continental. O Morrião (Lysimachia arvensis) aparece também nesta praia e não deve ser transplantado, porque se reproduz facilmente. Estas plantas servem de abrigo a muitas espécies de animais como a Vespa-Do-Papel-Europeia (Polistes dominula) e o Colaspidema dufouri, uma espécie endémica de Portugal e Espanha.
CULTURA
O nome Porto de Barcas diz muito sobre a história desta praia. Este foi um local abrigado para a ancoragem de pequenas embarcações (8-10m) de pesca artesanal. Habitualmente, os pescadores, antes de saírem para o mar, rezavam na rampa de acesso ao porto, para pedir proteção para a sua jornada.
Na maré cheia, era descarregado o produto do árduo trabalho da faina, de 20 a 30 pequenas embarcações por dia. Pessoas de vários pontos da região vinham até este porto assistir à descarga do pescado.