21 - Praia da Areia Branca - Areal

Município da Lourinhã

Como chegar: 39º15'49.46''N 9º20'7.64''W

O rio que passou a duna

 

GEOLOGIA

O Rio Grande tem a sua foz na Praia da Areia Branca. Ao longo das últimas centenas de anos, têm-se acumulado grandes quantidades de areia, assoreando a foz do rio. Com o tempo, a areia acumulada foi sendo soprada para o interior pelos fortes ventos costeiros. Formou-se assim um cordão dunar, que as várias plantas que aí crescem ajudam a preservar, impedindo o avanço das dunas para os campos agrícolas próximos.

Nos meses de verão, é construída artificialmente uma barra de areia que impede que o rio contacte com o mar, criando um espelho de água. Já nos meses de inverno, essa barra é retirada.

 

BIOLOGIA 

Ao longo do tempo, as dunas têm vindo a ser fixadas pela vegetação. Aqui crescem normalmente plantas adaptadas a pouca água, como o Cordeirinho-Das-Praias (Achillea maritima), a Couve-Marinha (Calystegia soldanella) e a Perpétua-Das-Areias (Helichrysum italicum). São plantas de crescimento lento e devem ser preservadas. Nelas podemos ver a Rosca-Das-Dunas (Brithys crini), o Caracol-Das-Cervejarias (Theba pisana) e o Borrelho-de-Coleira-Interrompida (Charadrius alexandrinus).

 

CULTURA

As praias da Areia Branca e do Areal são já visitadas há muito tempo e a sua tradição veraneante é centenária. No século passado, era costume grupos de crianças dos distritos do interior do país virem passar temporadas da época balnear a estas praias. Mas o modo como as pessoas usufruiam da praia foi mudando muito. Nos anos ‘40, por exemplo, as pessoas tomavam banhos de sol totalmente vestidas. Atualmente, além de banhos de sol e mar, também o surf tem lugar nestas ondas atlânticas.

 

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